Uma data que marcará para sempre a minha vida.
Foi a 24 de Março de 1998 que, oficialmente, iniciei um relacionamento que viria a mudar a minha vida.
Há 14 anos que o "Sr. Camaleão" ou o "macho cá de casa" entrou no meu coração sem pedir permissão. Era eu uma catraia de 18 anos, ainda sem certezas do que queria da vida e, deixei-me levar pelo mistério do puto radical e aventureiro que estudava comigo e me dava atenção, sempre julgando que eu era "areia demais para a camioneta dele". A verdade é que me conquistou, e ainda conquista, apesar de muitos altos e baixos vividos ao longo de todos estes anos.
Posso dizer que as palavras que mais nos definem ao fim de todo este tempo são: Amor, distância e saudade.
Amor - hoje não tenho dúvidas nenhumas que é Amor e, a melhor parte, que é Amor Mútuo. Já tive dúvidas por diversas vezes. Estes 14 anos não são 14 anos de união... são cerca de 12 (já perdi a noção). Houve separações no meio de toda esta história, e complicadas. Mas, ao longo dos anos fomos amadurecendo os sentimentos, a responsabilidade, as ideias, a relação e, fomos conseguindo ultrapassar todos os obstáculos que apareceram no nosso caminho e chegámos a bom porto.
Distância - kilometros, oceanos, aviões e continentes já nos separaram muitas vezes. O mercado não está para brincadeiras e, apesar da vontade e luta por nos mantermos juntos ser muita, nem sempre é suficiente. É algo que nos ultrapassa. Infelizmente não basta querer. Embora o querer seja meio caminho andado para o conseguir e, este ano conseguimos estar, para já, na mesma cidade. Sou uma Mulher de armas. Se tiver que mudar de cidade, de emprego, de país, de profissão... assim o farei, sem pensar duas vezes. Há coisas que não posso abdicar.
Saudade - quando existe amor e distância, a saudade não é mais que uma mera consequência das anteriores. É impossível não sentir saudade de quem se ama. Muito menos quando nem sempre essa pessoa está ao nosso alcance.
Podia acrescentar a palavra paixão.. mas, o Amor, para mim, já engloba essa e é muito mais forte. Depois de meses e meses de distância, os reencontros têm um sentido de paixão, de "borboletas", de excitação... mas, no final das contas, de Amor. O primeiro minuto do reencontro é sempre evadido por "aquele" abraço que não se consegue explicar, que nos sustém a respiração e que nos faz esquecer por momentos os meses, semanas, dias e horas perdidas no espaço.
Continuamos juntos na luta. Uns dias melhores, outros piores... sempre a tentar ultrapassar as dificuldades que aparecem. No entanto, com certeza que a 24 de Março de 1998 me "entreguei" ao puto, hoje Homem, da minha vida. Não tenho dúvidas nenhumas. Nenhumas mesmo. Se é para sempre? Não sei! Ninguém sabe. Hope so!
Esquece-me quando eu te esquecer e jamais me esquecerás!